ORGASMO ÍNTIMO
Intimamente percorro-te
na carne, o que o tempo
por frestas não escava.
Muito embora, possa
acordar-te na alma, o que
meu olho cego não gasta.
Intimamente arranco-te
fiapos, reconstruindo-te
aos pedaços, que nem o
tempo em seu fulgor
devasso, modificará o que
foi por mim modelado.
Deixo-te pois madrugada
vermelha, em jorro sanguíneo
no pulsar da veia, abocanhando
a vida pela (in)certeza,
no mais perfeito e pueril
orgasmo!
o.vasconcelos
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